Assim como existem diferentes tipos de vinhos, há diferentes tipos de taças. Essas que irão privilegiar certas características da bebida. Mas, diante de tantos modelos disponíveis, quais escolher?
Confira abaixo as nossas dicas!
Escolher a taça certa é tão importante quanto escolher o vinho. Isso porque, quando utilizamos o melhor modelo, podemos realçar os aromas e o sabor, e apreciar a experiência por completo.
Para privilegiar os aspectos dos vinhos, a marca austríaca Riedel, por exemplo, possui cerca de 400 tipos e tamanhos de taças, para cada espécie de uva e região onde é produzida.
Os estudos científicos e os avanços na área demonstraram o quanto o formato e o material de fabricação das taças são capazes de influenciar na percepção do vinho.
Possuímos áreas diferentes para detectar os sabores doce, salgado, azedo e amargo, em papilas gustativas espalhadas por toda a língua. Os especialistas buscam, com a confecção das taças, conduzir o vinho para a região da boca onde as principais características do vinho possam ser realçadas.
Ao adquirir as taças, você deve estar atento, antes de tudo, ao material.
Existem três opções:
O que difere cada um deles é a quantidade de chumbo utilizada na sua produção. Este metal confere mais leveza e sonoridade, contribuindo também para deixar a peça mais fina. A de cristal possui até 24% de chumbo, a de cristal de vidro, 10%, e a de vidro não apresenta o metal em sua composição. Por conta disso, as taças mais recomendadas são as de cristal transparente.
O tamanho também é outro fator importante: quando grande, valoriza os vinhos que precisam de contato com o oxigênio. Quando pequenas, favorecem aqueles que precisam ser saboreados em menor tempo. Já as taças mais longas são ideais para os espumantes, por contribuir para a formação das bolhas e na apreciação dos seus aromas.
Para uma experiência gustativa mais prazerosa, os especialistas recomendam que os bons apreciadores de vinhos tenham, no mínimo, quatro tipos de taças. São elas:
02 com modelos grandes para os tintos (Bordeaux e Borgonha);
01 de tamanho médio para os brancos;
01 estreita e alta, para os espumantes.
Os vinhos tintos possuem sabores e aromas mais intensos e, por conta desse fator, precisam de mais espaço para respirar. A taça para este tipo de vinho deve ter corpo grande, como a Bordeaux e a Borgonha, que levam o nome por conta das conhecidas regiões produtoras da França.
Vinhos mais encorpados e com taninos acentuados, feitos principalmente com a uva Cabernet Sauvignon, são os mais privilegiados neste formato. Ele possui o bojo grande e a borda mais fechada para concentrar os aromas, sem dispersar. Além do Carbenet Sauvignon, é indicado para Carbenet Franc, Merlot, Syrah, Tannat e outros.
A taça apresenta o formato balão, onde o bojo é maior do que as Bordeaux, para que haja mais contato com o ar. Os vinhos concentrados e com menor quantidade de taninos são os beneficiados, já que a forma diminui a acidez e acentua qualidades mais arredondadas e maduras do vinho. Pinot Noir, Rioja tradicional, Barbera Barricato, Amarone, Nebbiolo e outros rótulos podem ser apreciados neste formato.
Os vinhos brancos precisam de temperaturas mais baixas quando consumidos. Por conta disso, o melhor formato deve permitir menos trocas de calor com o ambiente, o que ocorre com as que apresentam corpo menor. A aba estreita facilita a distribuição para todas as partes da língua, com equilíbrio entre a doçura e a acidez.
Os taninos dos vinhos tintos e os aromas dos vinhos brancos formam o vinho rosé. Por conta disso, as taças pequenas e que possuem um bojo maior são as que destacam essas características. Porém, poucas marcas possuem uma taça específica para os vinhos rosados. Caso não haja, opte por uma para vinho branco.
De tamanho e bojo menores, as taças de vinhos doces apresentam boca levemente fechada, para o vinho ativar a ponta da língua, onde se concentra os sabores mais doces do paladar.
Champagnes e espumantes comuns pedem as taças estilo flûte, ou flauta, devido ao seu formato fino e alongado. A forma direciona a efervescência e mantém as borbulhas por mais tempo, mantendo assim o equilíbrio entre a acidez e o profundo sabor.
Desenvolvida em 1970, a taça ISO (International Standards Organization) é considerada a taça coringa, pois pode servir todos os tipos de vinho. Utilizada para degustação técnica, ela apresenta um tamanho menor do que as de vinhos tintos, com bojo maior e parte de cima mais fechada. Parece que é o modelo ideal para iniciar o acervo.
Qual desses modelos você tem em casa? E qual taça ainda falta para completar a sua coleção?
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