Os vinhos produzidos na Itália estão entre os melhores do mundo. E não é à toa! Seu solo, clima e diversidades de uvas cultivadas conferem fama ao país. Confira a nossa matéria e veja mais sobre os vinhos italianos!
A tradição italiana na viticultura vem de longa data. Desde 1.200 anos a.C. o país é conhecido pela produção de vinhos. Por conta disso, já chegou até a ser conhecido como Enotria (terra do vinho). Mas o que faz os vinhos italianos serem tão conhecidos mundialmente? A diversidade de terroirs, o solo e o clima contribuem muito! Cada região produtora possui características próprias, e são influenciadas, até mesmo, pelas heranças históricas.
Atualmente, a Itália é a segunda maior produtora de vinhos do mundo, com mais de 1,55 bilhões de litros exportados por ano. Por mais que os números referentes à exportação sejam altos, a produção e consumo interno é ainda maior, alcançando 4,4 bilhões de litros. Abaixo, mostraremos o que faz os vinhos produzidos no país serem tão especiais.
Os vinhos produzidos na Itália, assim como na França, recebem um outro tipo de classificação. Diferentemente das outras, é estabelecida com base na região de produção. Isso porque os locais apresentam características similares e produzem as mesmas uvas.
Dessa forma, são quatro as oficiais:
Vino de Távola, Indicação Geográfica Típica (IGT), Denominação de Origem Controlada (DOC) e Denominação de Origem Controlada e Garantida (DOCG).
Designa vinhos de qualidade mais baixa. No rótulo não há indicação da região, das uvas e do padrão utilizado na produção. Isso não necessariamente indica um vinho ruim, porém, ele não possui as qualificações das classificações mais altas.
Indicação Geográfica Típica (IGT)
Criada em 1992, é utilizada por cerca de 150 vinhos italianos de mesa, vindos de regiões específicas. Hoje, entretanto, está sendo substituída pela Indicação Geográfica Protegida (IGP). Esta designação é determinada pela União Europeia para vinhos de determinadas regiões. Tem mais qualidade que o Vino de Tavola, mas não possui a excelência dos vinhos renomados.
Estabelecida em 1963, é a mais antiga das classificações. O vinho que recebe essa denominação deve usar uvas específicas, de acordo com a região de origem, e seguir métodos de vinificação previamente estabelecidos. Quase 300 regiões utilizam a DOC.
Caracteriza os melhores vinhos italianos. A DOCG segue regras específicas de produção e atribui apenas alguns DOCs. Dessa forma, garante que os vinhos produzidos terão qualidade excelente.
Os DOCGS são divididos por região, dentre as principais a Piemonte, Verona, Friuli Venezia-Giulia, Chianti e Puglia. Além do local de produção, o rótulo também pode apresentar outras especificações, como o tipo de vinho, por exemplo.
Os Supertoscanos, também conhecidos como “fora da lei”, são vinhos de excelente qualidade. Feitos com Cabernet Saugnon e Merlot, cepas estrangeiras que, em sua origem, não podiam ser cultivados na região. Exatamente por utilizar uvas de fora da Itália, eles deveriam ser denominados Vino da Távola. Entretanto, por conta da sua qualidade elevada, o apelidaram de Supertoscanos, como forma de diferenciá-lo do Vino de Távola. O nome ganhou força e o tornou conhecido mundialmente.
Falamos anteriormente que as regiões produtoras de vinhos possuem condições semelhantes, como, por exemplo, o tipo de solo, a latitude, a altitude, entre outras. Tais fatores conferem ao vinho características próprias e que contribuem para a designação em uma determinada classificação. Abaixo, destacaremos algumas regiões.
Localizada no noroeste da Itália, a região possui diversas colinas íngremes, que facilitam o cultivo da uva. É conhecida pelos excelentes vinhos produzidos com a uva Nebbiolo, cuja característica se baseia em um aroma intenso e forte acidez. Os tradicionais Barolo e Barbaresco são bons exemplos.
Além de ser uma importante região produtora de vinhos, a Toscana possui um grande valor histórico e cultural ao país. Abriga o Chianti, vinho que utiliza a uva Sangiovese e se tornou um dos mais conhecidos mundialmente. Outro rótulo importante é o Brunello di Montalcino. De coloração escura, consegue ficar armazenado por um longo tempo.
Os vinhos produzidos na região não são tão conhecidos como os piemonteses e toscanos. Porém, sua presença é impactante entre os vinhos produzidos no país. Destaca-se pela produção do melhor vinho italiano espumante, feito no método champenoise, utilizado pelos franceses para o Champagne.
Vêneto recebe o maior evento de vinhos da Itália, o Vinitaly, que ocorre durante todo o mês de abril. Na região também encontra-se Verona, considerada por muitos como a capital do vinho. O local recebeu essa denominação por apresentar grande número de DOCs em vinhedos, como o Soave, Valpolicella e Bardolino.
Localizada entre a Toscana, Marche e Lacio, produz a maior parte dos vinhos italianos. A região possui solos variados, ideais para as uvas Sagrantino e Sangiovese, que originam vinhos encorpados e de longa presença no paladar.
Gostou de conhecer os vinhos italianos? Qual é o seu preferido?
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