Conhecidos pela diversidade de sabores, os vinhos brasileiros vêm ganhando espaço no mercado e possuem grande espaço para crescimento. Leia a nossa matéria e conheça mais!
A produção de vinhos no Brasil é um campo de experiências. Por mais que o cultivo de uvas seja antigo no país, a cada ano são descobertas regiões produtoras, técnicas de produção e variedades de uvas. Os terroirs também são ampliados e delimitados. Isso faz com que a vitivinicultura do país tenha espaço para crescer e desenvolver todo o seu potencial. Por isso, preparamos uma matéria para você saber tudo sobre os vinhos brasileiros. Confira!
No século XVI, durante as capitanias hereditárias, as caravelas que desembarcavam levavam as uvas portuguesas ao litoral do estado de São Paulo. Entretanto, devido às características da região, não se adaptaram. Devido a isso, tiveram que subir a Serra do Mar em busca do frio e menor umidade, dando início à produção. Porém, foi apenas com a imigração italiana, no século XIX, que a vitivinicultura no Brasil passou a ser melhor desenvolvida.
A Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV) reviu o conceito de terroir. De acordo com a instituição, significa uma área em que o conhecimento das interações de clima e solo e o desenvolvimento de práticas de produção indicam um produto característico do local.
Assim como o conceito, as zonas de produção do Brasil também buscam uma demarcação que abarque tudo o que representam. Diferentemente das outras partes do mundo, o país tem clima úmido e subúmido, o que prejudica o desenvolvimento de algumas uvas, mas privilegia a produção de vinhos mais frescos, delicados e aromáticos. Esses critérios são relevantes na demarcação, bem como a região em que são produzidas, que carregam notáveis diferenças.
O Nordeste se destaca por um importante fator: diferentemente da região sul, possibilita o cultivo de uvas variadas que podem ser colhidas em uma semana ou mês, com vinhos mais doces, fáceis de beber e de bom preço no mercado. Isso fez com que importantes vinícolas de fora do país, como a Miolo e Dão Sul, de Portugal, tivessem grande interesse na região.
Neste terroir de alta temperatura, alta radiação solar e grande disponibilidade de água crescem diferentes tipos de uvas, como a Chenin Blanc, Shiraz, Moscatel e Touriga Nacional. Quando cultivadas no Nordeste, podem se desenvolver de forma contínua, o que se torna um diferencial do local em comparação com a França e Chile.
Nesta região, destacam-se, principalmente, as vitiviniculturas dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso. São Paulo já chegou a ter mais de 100 vinícolas, porém, com o passar do tempo, o número foi diminuindo e hoje em dia não ultrapassa uma dúzia. Em grande maioria, os vinhos do estado são de mesa, feitos com uvas vindas dos Estados Unidos, que se adaptam melhor ao clima úmido. Porém, há a exceção. Em parceria com a vinícola Venturini, a Goés produz uvas finas, como a Cabernet Sauvignon. Já Minais Gerais e Mato Grosso se destacam pelas uvas Syrah e Merlot.
Devido a seu clima, a região sul se destaca na produção de vinhos. Entretanto, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul possuem particularidades quanto aos vinhos produzidos.
Toledo, cidade da região oeste do Paraná, possui relevos planos e clima temperado, com invernos frios. Isso propicia a produção de uvas de castas francesas, como Carbernet Franc, Carbernet Sauvignon, Merlot e Chardonnay. No outro canto do estado, Colombo, situada na região metropolitana da capital paranaense, vem se destacando pelo cultivo de Chardonnay e Cabernet Sauvignon.
A vitivinicultura do estado se concentra em três locais: São Joaquim, Caçador e Campos Novos. As áreas possuem altitudes de mil até 1.400 metros do nível do mar, e registram baixas temperaturas, com possibilidade de neve nas épocas mais frias. O clima privilegia a produção, já que permite que a planta amadureça fora das chuvas de verão. Além disso, também aumenta a quantidade de resveratrol e propicia a estrutura do vinho. Porém, assim como traz vantagens, também coloca em risco por conta das geadas tardias, que diminuem a produção.
O estado se destaca pelas uvas in natura e vinhos de mesa, mas, nos últimos tempos, investe em castas francesas, como a Cabernet Sauvignon e a Chardonnay. Isso trouxe uma diversidade e um potencial para a produção de vinhos longevos. Santa Catarina também é conhecida pelo raro vinho Icewine, da vinícola Pericó. Para chegar a sua fórmula, as uvas são colhidas congeladas, a menos de 6ºC.
O Rio Grande do Sul possui uma geografia e história que favorecem a produção do vinho. No século XIX, durante a imigração italiana, uvas e métodos de produção europeus chegaram no estado. Por muito tempo não se adaptaram, porém, com o passar do tempo, uvas viníferas ganham espaço nas plantações, junto com as americanas e híbridas.
Como forma de ilustrar melhor a diversidade, a produção no estado divide-se em quatro regiões. A primeira, Campos de Cima da Serra, apresenta altitudes e clima frio, e facilita a produção de uvas que se dão melhor nesse clima, como a Sauvignon Blanc e a Pinot Noir. A grande região da Serra Gaúcha é a segunda, reconhecida por abrigar o Vale dos Vinhedos. Outra é a Serra do Sudeste. Empresas como a Chandon, Casa Valduga e Vinícola Angheben são importantes empresas a se situar na região. Por fim a Campanha Gaúcha, que favorece uvas de longa maturação e a Tannat.
Agora que você já conhece as regiões produtoras de vinhos do Brasil e ficou sabendo mais sobre as bebidas desenvolvidas no país, qual irá provar? Deixe seu comentário!
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