Reconhecido internacionalmente, o vinho português é marcado pela variedade, tanto de uvas nativas quanto de regiões vitivinícolas. Se você quer saber mais sobre os vinhos produzidos em Portugal, confira a matéria!
O vinho português é muito apreciado no mundo. Conhecido por seus rótulos tradicionais e, também, pela grande variedade de uvas nativas encontradas, em que mais de 250 espécies são cultivadas. Apesar de possuir uma cultura antiga de produzir vinhos, foi com a entrada na Comunidade Econômica Europeia, atual União Europeia, em 1986, que Portugal teve técnicas de plantio aprimoradas e vinícolas modernizadas. O investimento na formação de enólogos foi outro fator importante para que os vinhos produzidos no país alcançassem reconhecimento mercado mundial.
Hoje em dia o país está na 12° posição entre os países produtores de vinho no mundo, com 45% da produção exportada, sendo o Brasil um dos grandes importadores. Dados da União Brasileira de Viticultura (UVIBRA) mostram que o vinho português é o 3° mais importado, ficando atrás apenas do Chile e Argentina. Mas o que faz a bebida produzida em terras lusitanas tão diferenciada? Abaixo, explicamos tudo o que você precisa saber sobre os vinhos portugueses.
Portugal possuía diversos critérios de classificação para os vinhos produzidos em seu território, o que tornava o processo confuso. Entretanto, a entrada do país para a União Europeia fez com que ganhasse denominações de origem similares às da França. As três utilizadas atualmente são o DOC ou DOP, o vinho regional e o vinho de mesa.
Os vinhos que recebem a Denominação de Origem Controlada (DOC) ou Denominação de Origem Protegida (DOP) passam por critérios mais rigorosos. Entre alguns critérios para receberem a certificação estão, por exemplo, as uvas recomendadas e autorizadas e a quantidade máxima de colheita de uvas.
A Indicação Geográfica (IG) e a Indicação Geográfica Protegida (IGP), também conhecido como “vinho regional”, recebe regras menos rígidas que as DOC ou DOP. Porém, abrangem vinhos de qualidade e que se destacam em sua região de origem.
Outro critério considerado é o que classifica o vinho de mesa. Diferentemente dos anteriores, ele não está sujeitos às normas de controle de qualidade e origem.
A diversidade de uvas portuguesas e a geografia do país contribuem para que cada uma das 14 regiões vitivinícolas apresentem produtos com características peculiares. Podemos separá-las em três regiões: norte, centro e sul. Mais ao norte estão Vinho Verde e Minho, Trás-os-Montes, Douro, Távora e Varosa. Localizadas ao centro, Bairrada, Dão, Beira Interior, Lisboa e Tejo. Já ao sul encontram-se a Península de Setúbal, Alentejo, Algarve, Madeira e Açores.
Localizada ao extremo norte de Portugal, a região apresenta uma rica paisagem verde, com temperaturas amenas e solo fértil. É a maior denominação de origem controlada do país, possuindo mais de 34 mil hectares e 15% do total da área vitícola. O local produz o famoso Vinho Verde, que, conforme explicamos aqui, não recebe este nome por sua cor.
O cultivo das uvas utilizava videiras em guirlandas ou pérgulas de granito. Atualmente os produtores deixaram esses métodos e passaram a adotar outros mais tradicionais, como, por exemplo, o de condução dupla de tronco baixo. Entretanto, ainda cultiva-se acima do solo, o que retarda o amadurecimento e fornece equilíbrio entre doçura e acidez da bebida.
A região do vale do rio Douro é uma das mais secas de Portugal, mas possui uma beleza exuberante. Não é a toa que foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Cercada de montanhas que protegem da influência do mar, seu clima é árido, com verões quentes e invernos frios. No local produzem-se cepas importantes, como a Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Tinta Cão e a Touriga Franca.
É muito conhecida graças ao vinho do Porto. No processo de fermentação da bebida, acrescenta-se aguardente vínica, o que resulta em um vinho doce e com até 20% de concentração alcoólica. Sua classificação varia com o tempo de guarda: o Ruby conversado de dois a três anos, enquanto o Tawny apresenta um período um pouco maior. Existe ainda o Vintage, que utiliza uvas da mesma safra, envelhecidas por três anos em madeira.
A Ilha da Madeira está localizada ao sul de Portugal, em uma região montanhosa, de clima temperado e com solo vulcânico. Por conta dessas características, o cultivo das videiras é muito favorecido. Atualmente, as castas mais usadas são Sercial, Verdelho, Boal, Malvasia e Tinta Negra.
Diferentemente do vinho do porto, a aguardente pode ser acrescentada durante ou depois do processo de fermentação. Os vinhos produzidos são conhecidos por melhorarem com o tempo e pelo poder de guarda. Podem durar décadas e, até mesmo, séculos. A doçura, acidez, concentração e sabor também são aspectos marcantes dos vinhos da madeira.
É difícil resistir a um bom vinho português, não é mesmo? Mas qual o seu preferido? Comente com a equipe do Box 41 Vinhos!
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