Quando você ouve falar em vinho verde, provavelmente imagine que receba essa nomenclatura devido à coloração. Porém, ele apresenta variações e pode ser branco, rosado, tinto e, inclusive, espumante. Então por que “vinho verde”? Confira o que o caracteriza dessa forma e saiba tudo sobre ele.
Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o vinho verde não recebe este nome por conta da sua cor. O nome vem pelo local onde é produzido. Localizada no noroeste de Portugal, a atual Região Demarcada dos Vinhos Verdes se estende pelo “Entre-Douro-e-Minho”, a sul do rio Douro e a norte do rio Minho, onde faz fronteira com a Espanha.
Por estar situado no Mediterrâneo e receber as influências do Oceano Atlântico, o clima ameno, somado a outros fatores, confere leveza e frescor aos vinhos produzidos na região.
Graças a suas qualidades diferenciadas e a seu marcante sabor, não demorou muito para que o vinho verde se tornasse importante na cultura local. Ele foi o primeiro produto lusitano exportado para fora do país, sobretudo para a Inglaterra, e, em 1908, a região foi oficialmente demarcada.
O clima úmido e o alto índice pluviométrico permitem que o noroeste de Portugal seja reconhecido por sua paisagem exuberantemente verde. Alguns enófilos apontam este fator como o que deu nome à região.
Porém, outros estudiosos recorrem à alta acidez para explicarem a sua nomenclatura. De curta maturação e de breve armazenamento antes de serem engarrafadas, as uvas podem parecer ter sido colhidas antes do tempo indicado, ou seja, como “uvas verdes”.
Estas “uvas verdes” possuem alto teor de acidez, altos níveis de ácido málico, baixo teor alcoólico e de açúcar. Mas, por mais que sejam percebidas dessa forma, elas são colhidas no devido tempo, quando atingem o ponto de equilíbrio e o peso máximo de seus bagos.
A Região Demarcada dos Vinhos Verdes possui bastante variedade. Por conta disso, é dividida em nove sub-regiões: Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva, e Sousa. Cada uma delas possui suas particularidades, mas, no geral, as uvas são cultivadas em uma vasta planície verde, com bastante umidade e rodeadas por água.
A área de produção do vinho verde é correspondente a 15% do total da área vitícola de Portugal. Estimativas feitas na região detalham mais de 25 mil viticultores e cerca de 600 engarrafadores, responsáveis pela produção de mais de 85 milhões de litros do vinho por ano. Esta quantidade é responsável por abastecer, aproximadamente, 80 mercados de exportação, com destaques para os Estados Unidos, Alemanha e França.
Há 47 castas espalhadas pela região. Para os vinhos brancos, as principais são:
Já para os vinhos tintos:
Na maioria das vezes os vinhos brancos são leves, refrescantes, com notas frutadas e ligeiramente frisantes. Em geral, são consumidos jovens, sempre gelados, com temperaturas que variam de 8 a 12ºC para os brancos, 10 a 12ºC para os roses e 12 a 15ºC para os tintos.
Primeiro de tudo, cerca de 86% dos vinhos verdes são brancos, enquanto 10% são tintos e 4% rosés. A produção dos espumantes começou em 1999 e ainda é pequena perto de suas outras variações. Porém, é muito promissora para a região, que desenvolveu outros produtos por meio das “uvas verdes”, como a aguardente vínica, a aguardente bagaceira e o vinagre de vinho verde.
Em tons que variam do citrino até os tons de palha, os vinhos brancos possuem elevada acidez e proporcionam muito frescor ao paladar, devido aos aromas frutados e florais.
De um tom levemente rosado a um mais forte, são marcados por seus aromas jovens, com notas de frutas vermelhas e frescor natural, que surpreendem os apreciadores dos clássicos rosés.
Os vinhos de coloração mais intensa podem apresentar espumas mais rosadas ou avermelhadas. A acidez, o frescor e o aroma dos frutos silvestres marcam presença nos tintos e seguem à tradição que faz dos vinhos do noroeste português um dos mais apreciados.
O frescor é muito presente no espumante de vinho verde. O que o difere das outras variações anteriores é a concentração final de açúcar residual.
Por apresentar elevada acidez, os vinhos verdes são ótimas opções para diversos pratos. Principalmente os da culinária portuguesa e oriental, mas é preciso cuidar para que as escolhas valorizem essa característica marcante.
Os brancos acompanham muito bem saladas refrescantes, como:
Já os tintos, com seus sabores mais marcantes, combinam com:
Os rosés podem ser servidos juntos aos aperitivos em geral.
Você já experimentou o vinho verde? Com qual desses pratos você acha que ele fica bem harmonizado? Além disso se você, assim como nós, também é um grande apreciador, deixe o seu comentário!
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