Quem acha que a falsificação não atinge também o mercado dos vinhos está muito enganado. Fique atento às nossas dicas e aprenda a identificar.
Vinhos falsificados? Por mais estranho que isso possa parecer a primeiro momento, isso também acontece com uma das bebidas mais consumidas e adoradas do mundo. Um caso famoso de falsificação ocorreu em 2012, com um milionário chinês-indonésio emigrado para a Califórnia, Angeleno Rudy Kurniawan, de 35 anos.
Considerado um dos grandes colecionadores de vinhos da região de Borgonha, naquele ano foi preso por tentar colocar à venda US $ 1,3 milhões em vinhos falsificados. Antes mesmo, o milionário já tinha vendido vinhos de safras que nunca existiram, como, por exemplo, o Domaine Ponsot 1929. Isso não seria possível, já que 1934 foi o ano que a vinícola começou a engarrafar.
Este é apenas um dos que ficaram mais conhecidos, mas casos como este ocorrem com frequência no mercado. O preço que os colecionadores pagam são um dos atrativos para os falsificadores. Garrafas nobres, como grand crus franceses com mais de 30 anos, costumam custar de US $ 2.000 a $ 5.000. Mas, não são apenas os vinhos de maior valor os alvos principais deste tipo de fraude, pois os de entrada também são visados.
Na maioria dos casos, observar o rótulo já é suficiente para se livrar de uma furada. A primeira coisa a verificar é a idade. Rótulos de safras mais antigas, por exemplo, não estarão tão limpos assim. Há exceção de lotes antigos arrolhados e que foram rotulados mais uma vez pelos produtores. Mas, na dúvida, desconfie e perceba outros sinais, como rasgos, manchas e arranhões. Parecem ter sido feitos por descuidos de manuseio ou não?
Outra coisa que deve ser verificada é o tamanho e o posicionamento do rótulo na garrafa. Eles devem estar corretos. A presença e a ausência de etiquetas no pescoço devem ser questionadas, bem como as fontes e imagens utilizadas. Procure saber se estão de acordo com o padrão conhecido da vinícola e com as safras anteriormente produzidas. Caso haja erros de ortografia e problemas de impressão, as chances de serem falsificados aumenta.
Ainda no rótulo, é preciso estar atento às informações mais específicas da garrafa. Cheque com os produtores os números de série. Se não tiverem como ser verificados, o melhor mesmo é nem comprar. A safra também deve ser considerada. Pergunte sobre o ano e confira se houve produção e venda daquele vinho no período. Sempre faça perguntas e desconfie de qualquer tentativa de ocultar informações. Vinhos originais possuem todas as especificações de produção. Por isso, não tenha medo de fazer perguntas.
Ao receber a garrafa em mãos, avalie se o formato é semelhante aos demais produzidos pela vinícola responsável. As marcas mais conhecidas possuem algumas particularidades que as identificam em seus vinhos, procure encontrá-las.
Quando falamos em garrafas, é necessário também ficar de olho no volume. Uma regra geral dos vinhos é que mesmo os rótulos mais conservados costumam perder um pouco do volume com os anos. Por isso, se você comparar uma garrafa que se diz antiga e ela possuir o mesmo nível de uma nova, desconfie.
A rolha é um detalhe mínimo, mas de extrema importância. Observe se a rolha não leva informações importantes, como o nome do produtor e a safra. Se os dados não forem os mesmos do rótulo, fique atento! Caso seja um vinho com cápsula, verifique o material, o padrão e as inscrições do produtor.
É muito comum que os falsificadores enganem os conhecedores de vinho com a re-rotulagem. Neste processo, o rótulo de um vinho de renome é colocado em outra garrafa similar, mas com uma safra menos prestigiada. Assim, o gosto não seria tão diferente, o que disfarçaria a adulteração. Por isso, ficar de olho na rola é muito importante antes de levar para casa!
As dicas anteriores podem te ajudar quando se negocia diretamente com o comprador. Porém, em alguns casos, isto é feito no meio digital, o que dificulta uma análise prévia. Um golpe raro, mas que ainda ocorre, inclusive, utiliza a fraude inversa. Neste método, é feito um pedido de um rótulo autêntico. O comprador entrega, mas cancela a venda, pois diz ter suspeita de que a garrafa seja falsa. O vendedor retorna a original e envia uma outra falsa, mantendo para si o vinho autêntico.
O que fazer quando ocorre uma situação parecida? Você pode colocar uma pitada de bicarbonato de sódio. O vinho sintético continuará igual, enquanto o natural mudará de cor devido a sua reação com o amido. Outra técnica é pingar poucas gotas de vinho em cima de um giz. Se, ao secar, a mancha estiver mais clara, fique tranquilo pois a bebida é natural. Se a cor for diferente, há presença de corantes.
Gostou das nossas dicas? A confiança do comprador é de extrema importância para evitar golpes. Por esse motivo, só compre de lojas especializadas e reconhecidas no mercado, como o Box 41 Vinhos.
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