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Blog - Box 41 Vinhos

4
outubro
2019
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Conheça as mulheres que marcaram a história do vinho

Mulheres que marcaram a história do vinho!

Mulheres que transformaram empresas familiares em grandes impérios do vinho, revolucionaram a produção e se destacaram pelo conhecimento na área.

Inspire-se com as mulheres que se destacaram no vinho!

Por muito tempo, o vinho foi uma bebida majoritariamente masculina. Na antiguidade, as mulheres, inclusive, eram proibidas de tomar uma taça. O motivo? Acreditava-se que poderia trazer dificuldades na relação. Felizmente as coisas mudaram com o passar dos anos e hoje trazemos uma seleção de mulheres que desafiaram o seu tempo e marcaram a história do vinho.

 

Madame Clicquot Ponsardin

Barbe-Nicole Clicquot Ponsardin (1777-1866) nasceu em Reims, na França. Sua família era do segmento têxtil e também tinha envolvimento na política. Aos 21 anos casou com François Clicquot, que veio a falecer seis anos depois. Viúva aos 27 anos e com uma filha pequena, teve que assumir a produção de champanhe da marca Veuve Clicquot, que pertencia ao marido.

Sem qualquer experiência prévia em vinícolas, conseguiu expandir a produção e transformou a empresa familiar em uma das marcas de champagne mais conhecidas do mundo. Ao se dedicar com paixão ao negócio tornou-se uma das primeiras mulheres a comandar uma companhia comercial internacional.

Além disso, também desenvolveu técnicas que mudaram a produção de vinhos e ainda são utilizadas até os dias de hoje. Uma delas é a riddling, na qual as bebidas são engarrafadas com a rolha para baixo, em um ângulo de 45°. Para que os sedimentos se posicionem no topo da garrafa, a cada dois dias ela é agitada da esquerda para a direita, e, assim armazenada em um maior ângulo. Outra contribuição foi no desenvolvimento do assemblage do champagne rosé.

 

Antónia Adelaide

Antónia Adelaide Ferreira (1811-1896), de Peso da Régua, em Portugal, foi uma importante empresária do século XIX relacionada aos vinhos do Porto. Ferreirinha, como era mais conhecida, ficou viúva do marido aos 32 anos. Em 1856, contudo, casou-se novamente com o administrador José da Silva Torres. Ela decidiu manter o negócio da família e se tornou uma das pessoas de maior prestígio na época, tanto em Alto Douro quanto em Portugal.

Por mais que tenha ganhado este destaque, ainda enfrentava algumas dificuldades. O governo não incentivava a produção local, interessando-se mais em comprar vinhos espanhóis. Porém, lutou fortemente contra a falta de apoios governamentais durante sua vida. Ferreirinha também buscou salvar as plantações infestadas com a peste filoxera. Para isso, foi até a Inglaterra para conhecer as tendências em vinificação.

 

Lilly Bollinger

Emily Law de Lauriston Boubers (1890-1965) se casou com o neto de um dos sócios da empresa produtora de vinhos espumantes Bollinger. Em 1941, aos seus 42 anos, ficou viúva. Lily, como era chamada, assumiu a empresa durante a Segunda Guerra Mundial, no período em que os nazistas ocuparam a França.

Durante o seu comando, a empresa prosperou e dobrou de tamanho. Lily viajou o mundo para divulgar a marca e expandir a produção da bebida. Por conta disso, tornou-se uma figura adorada em Champagne. Em uma de suas viagens a Londres, em 1961, ela foi questionada se bebia Champagne e ficou marcada pela sua resposta: “Só bebo Champagne quando estou feliz e quando estou triste. Às vezes, bebo quando estou sozinha. Quando estou em companhia, considero obrigatório”.

 

Maria Luz Marin

Maria Luz nasceu em 1951 e se tornou a primeira mulher a exercer a função de enóloga nas terras chilenas. A engenheira agrônoma possui pós-graduação em viticultura na França e estreou na profissão com 30 anos.

Em 2000, construiu a produtora Viña Casa Marin, em San Antonio e quebrou um paradigma climático. O local é caracterizados por suas neblinas matinais, ventos  fortes e temperaturas frias durante a fase do amadurecimento das uvas. Isto fez com que muitos questionassem a sua escolha, mas, aos poucos, demonstrou aos especialistas que fez uma aposta certa ao escolher um clima frio.

 

Donatella Cinelli

Donatella nasceu em 1953, em uma família de produtores italianos de Brunello di Montalcino, na Toscana. Estimulou o crescimento do turismo de vinho em seu país ao criar o Movimento Turismo do Vinho e a Manifestação Vinícola Aberta.

Após 14 anos de trabalho na vinícola da família, decidiu criar o seu próprio empreendimento. Ela comanda a vinícola Casato Prime Donne, em Montalcino. Apenas  mulheres trabalham na produção de Brunellos. Os produtos a fizeram receber muitas premiações, como o de melhor produtor de vinho italiano.

 

Jancis Robinson

Nascida na Inglaterra em 1954, é uma das maiores especialistas do vinho do mundo. Formou-se em Filosofia e Matemática, mas, com o tempo, passou a se interessar pelo estudo do vinho. Tal interesse a rendeu em 1984 o respeitado título de Master of Wine, o teste de qualificação que avalia o conhecimento teórico e prático sobre a bebida.

É autora de publicações importantes na área, como o Atlas do Vinho e assina uma coluna semanal no jornal “The Financial Times”. Por ser considerada uma das críticas mais respeitadas do mundo, é consultora oficial da adega da rainha Elizabeth II, no Palácio de Buckingham, em Londres.

 

O que achou da nossa seleção com as mulheres que marcaram a história do vinho? Tem outra que você conheça? Deixe nos comentários!


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